Todas as direcções são possíveis…

25 05 2007

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A nossa vida é feita de opções. Porventura, umas mais importantes que outras – isso não sei, porque pode depender do ponto de vista de cada um -, mas a verdade é que somos chamados, diariamente, a optar por isto ou por aquilo.

Começamos por escolher o que vamos comer ao pequeno almoço, o que vamos vestir, o que vamos fazer ao longo do dia. Depois, há aquelas opções mais complexas, que interferem com as nossas vidas, normalmente, com efeitos a médio e a longo prazo, que poderão implicar mudanças mais significativas na nossa forma de estar.

Normalmente, o que está por detrás dessas opções, ou melhor, normalmente, o que norteia as nossas opções é a nossa felicidade e ou bem-estar. Ninguém opta por um caminho que lhe vá causar grandes sofrimentos ou incómodos. Por isso, a cada momento, optamos por este ou por aquele caminho, porque, num dado momento da nossa vida, nos pareceu que seria um caminho de felicidade e ou bem-estar.

A possibilidade de termos trilhado outro caminho, eventualmente, com mais felicidade, é apenas isso mesmo mesmo: uma POSSIBILIDADE. O que não invalida que não se pense, em cada momento, novos rumos para as nossas vidas. Só o facto de se pensar sobre os rumos que seguimos, a análise do onde chegámos e onde poderíamos ter ido, é muito importante, porque evidencia essa vontade, inata, do homem procurar, sempre, a felicidade.

Sinto-me feliz. Não por ter escolhido este ou aquele caminho, mas por ter escolhido vários caminhos que me conduziram até aqui. Por ter conhecido as pessoas que conheci, por amar as pessoas que amo. Todas estas pequenas pedrinhas fizeram a estrada da minha vida. Há pedras – vou chamá-las assim – que gosto mais, mas todas elas são importantes ou foram importantes num dado momento. A primeira gota de um copo cheio de água é tão importante como a última para que o copo tenha ficado cheio.

Por isso, se pudesse voltar atrás, até admito que pudesse corrigir algumas coisas, mas manteria, no essencial, o rumo que segui até aqui. Porque me recuso a abrir mão de tudo aquilo que amei e que amo muito… muito…





Tristeza com sorrisos

22 05 2007

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Há dias em que sentimos, sem qualquer motivo aparente, uma tristeza latente. Tal como uma pastilha elástica que tentamos sacudir do sapato e que, por mais que se tente, ela parece não querer sair. Hoje, o meu dia foi um pouco assim. Apesar do esforço e das oportunidades para me sentir alegre, procurando ambientes onde eu me sinto bem, havia algo que me entristecia. Sentia isso na atmosfera, em tudo aquilo que me rodeava. Até nas pessoas. Sem conseguir identificar as causas, deixei-me levar pela tristeza. Hoje, ela foi, de facto, mais forte que eu, apesar dos muitos sorrisos que distribui.





De velas ao vento…

20 05 2007

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De velas abertas ao vento faço-me ao mar, não com receio das tormentas, mas com a certeza de que vou chegar a bom porto. Sinto os ventos da felicidade e sigo os sonhos que me fazem despertar feliz e sorridente. A «viagem valeu!»… ou vai valer… tenho a certeza que sim.





Adormeço no teu colo

20 05 2007

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O sol começou a esconder-se atrás do mar. As tuas mãos macias afagam-me o cabelo. No teu colo adormeço com sussurros, beijos e carícias. Embalado nos teus braços, fecho os olhos e vejo-te, agora, de pé, diante de mim. Aperto-te, como numa despedida, com medo de perder-te para sempre. Espremo-te como se te mostrasse, assim, o quanto eu te quero. As minhas mãos, num vai e vem constante, percorrem as tuas costas e apertam o teu peito contra o meu. Falta-me o ar. Quase em transe, procuro os teus lábios e beijo-te, como se nunca nos tivéssemos beijado. Um beijo que nos faria lembrar aquele momento para sempre. Até ao infinito. Até ao último dia das nossas vidas. Foi registado nas estrelas, testemunhas da felicidade que sentimos naquele momento. Aperto os olhos, como se me tivesses aconchegado e deixo-me dormir profundamente, com um sorriso nos lábios.





Saudade, amor e desejo

18 05 2007

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Saudade… Nós agarramo-nos àquilo que, de alguma maneira, nos marcou pela positiva. Por isso, a saudade é uma coisa boa. Se não fosse, não a guardávamos tão bem. Por vezes, uma vida inteira. Amor…Se há coisas que nos fazem bem, o Amor está entre elas. Embora entorpeça os sentidos, desperta em nós uma energia fora do comum. Os efeitos secundários acabam por compensar.Desejo…Faz parte da natureza do homem. Queremos sempre algo e queremos sempre mais. O desejo é aquilo que nos move. Por isso, não é de estranhar que, por vezes, desejemos também algumas coisas que não podemos ter. Mas, como em tudo, nem todas as metas têm de ser cruzadas. Elas não foram traçadas apenas para passarmos por elas. Elas servem, sobretudo, para nos indicar a direcção em que devemos correr.





Há uma razão para tudo

16 05 2007

 

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Acredito que há uma razão para tudo, ou quase tudo. Acredito que há coisas que acontecem para nos fazerem tristes, assim como há coisas que existem para nos deixarem felizes. E acredito também que a nossa vida e a nossa forma de estar dependerão de em qual dos lados nos vamos segurar.





Guerreiros da Luz

15 05 2007

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Depois de ter folheado, algumas horas, o livro “Manual dos Guerreiros da Luz”, do Paulo Coelho, partilho aqui algumas frases:

«As experiências repetidas têm uma única finalidade: ensinar-lhe o que ainda não aprendeu».

«Para ter fé no seu próprio caminho, não precisa provar que o caminho do outro está errado. Quem age assim, não confia nos próprios passos».

«Na guerra e no amor, não é possível prever tudo».

«A sua alma é livre, mas está comprometido com os seus sonhos»…

 





Pequenas coisas…

14 05 2007

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Gosto das pequenas coisas que me rodeiam. Adoro contemplá-las. É, por exemplo, o pormenor de uma flor no meio de um canteiro, uma varanda que se esconde no alto de um prédio, uma formiga que passeia no tampo de uma mesa. De alguma forma, agarrando-me a essas pequenas coisas, pareço entender todo o universo.





Ofereço-te um sorriso

12 05 2007

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Já pensei em levar-te flores e não consegui – eram túlipas as tuas preferidas – mas, por azar, no dia que as fui buscar, a florista estava fechada. Já me lembrei de te oferecer uma caixa de chocolates e acabei por levar-te, de propósito, um chocolate de uma caixa encetada. Já te fiz algumas surpresas e tu também já me surpreendeste. Hoje, adivinha o que te vou dar? E não me chames “louro” (hehehehe). Agora a sério, hoje, ofereço-te o meu ombro – o sorriso do título era só para enganar, pois costumo entregá-los pessoalmente – e um abraço apertado.

Quanto à inspiração… “obviamente” que a enfermagem está posta de parte…





Sonhos de Mar

10 05 2007

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Deito-me com a sensação de estares perto de mim. Sinto o teu cheiro. O perfume do salitre. E adormeço emaranhado nas tuas ondas, com a ilusão de carícias e beijos de mar.
Nas profundezas do meu sono, mergulho, agora, em sonhos e perco-me nas noites, rebolando na areia, agarrado a ti.
Acordo com os teus mimos e o som de búzios. Apetece-me voltar a dormir para poder voltar a acordar assim. Beijo-te. Abraço-te. E adormeço, finalmente, para um eterno despertar.





Aprender a andar…

7 05 2007

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As crianças, logo que começam a ganhar confiança e a conseguir manter-se sobre os seus próprios pés, têm um instinto, uma vontade de andar. E fazem-no como se soubessem caminhar desde sempre. Algo de inato. É curioso este querer andar, muitas vezes sem direcção definida, sem medo de cair. Pelo menos até caírem. Pois, o medo de cair é algo que elas ganham caindo. Da mesma forma que só aprendem a caminhar… caminhando… Não podem aprender a caminhar sem esse risco de cair. E – ainda mais curioso – não é por causa disso que deixam de querer aprender a andar.





Quebra-cabeças…

6 05 2007

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Andamos, uma boa parte do nosso tempo, às voltas com as peças do puzzle das nossas vidas. Por vezes, sem se saber bem porquê, encontramos os sítios onde as peças se encaixam e se complementam. Outras, por mais voltas que se dê, parece que não encontramos o lugar que elas deveriam ocupar.





Bebedeiras de azul

5 05 2007

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Uma caminhada junto ao mar. Respiro, profundamente, o aroma de maresia, misturado com a fragrância das flores e do cheiro a pedra aquecida ao sol. Ao fundo, oiço o vibrar dos motores de um navio areeiro que se desloca ao largo. Cruzo-me com montes de gente que não conheço. Olho-os apenas, como se os quisesse cumprimentar. Afinal, o sol está radioso e isso causa em nós uma sensação muito agradável que nos apetece partilhar, exteriorizar. O sol aquece-nos o rosto e o calor parece chegar à alma. Mais à frente, vejo uma esplanada, onde vários turistas se espreguiçam, entre cada gole de chá. Apresso o passo. Esqueço-me, completamente, de tudo, como se, agora, fosse só eu e a calçada. Embriagado por este pulsar de sensações que o mar nos desperta, lembro-me de António Gedeão e do seu poema: “Pedra Filosofal”, no momento em que ele diz que «como aquelas aves que gritam… em bebedeiras de azul…». Foi um pouco como que uma “bebedeira de azul” esta minha caminhada junto ao mar.